FHC e a Maconha

05:02 Postado por Geremias Pignaton

Charge: não tinha o nome do chargista. Pelo traço parece de um dos irmãos Caruso.



FHC, o príncipe dos sociólogos, quem diria, volta a carga pela legalização da maconha.

Esse tema já o derrotou noutro tempo. Em 1985, com a eleição ganha, havia até sentado para fotos na cadeira de prefeito de São Paulo, declarou ter experimentado maconha e ser ateu. Daí para frente, enfrentando adversário reacionário e astuto, Jânio Quadros, sua candidatura fez água e afundou, a poucos dias do pleito.

Estranho é que a polícia paulista, comandada pelo PSDB, seu partido, desceu o pau nos manifestantes da "marcha da maconha". A polícia acusou os jovens de fazerem apologia do crime.

Eu tenho dificuldade de me posicionar com relação a isso. Se houvesse um plebiscito pela legalização da maconha, neste momento, estaria em dúvida de como votaria.

Tenho certeza, entretanto, que existe droga legalizada mais nociva à sociedade que a maconha, com uma enxurrada de comerciais na televisão. Fico triste quando vejo meus filhos diante das criativas e sedutoras propagandas de cerveja.

Caro leitor, responda, se puder: Quem você acha que está fazendo mais mal a si próprio e à sociedade, um jovem maconhado ou um jovem bêbado de cervejas?


1 comentários:

  1. Carlos Cacau Furieri disse...

    Gere, penso que um maconhado como um bêbado são casos de saúde pública. Existe também pontos que envolve a segurança, mas essa é uma outra vertente. Ontem, coincidentemente, vi o discurso de Malta no Senado. Concordei muito com o que ele disse na tribuna. Sempre gostei da maneira como o FHC se portou diante da economia e da sociedade. Nunca escondi isso de ninguém. Mas acho que ele está gagá e jogando para a platéia. Como Lula, ele passou!!! Só que Lula ainda sobrevive com o genial Palocci e sua turma. Colocar o Brasil como Amsterdã na Holanda é suicídio. Conheço os cafés e praças onde se permitem o consumo da droga. Numa ocasião fui ao Bull Dog em Amsterdã!!! Vi de perto a degradação humana diante das drogas. Segurei a ondav de alguns depois de um tubaço jamaicano. Pior ainda quando misturado ao álcool. Torna-se um coquetel Molotov. Pude constatar de perto como isso é um caso de saúde pública, apesar do governo holandês conseguir esconder muito do que lá ocorre. Os locais de piração são terríveis. Diante de tantas mazelas em nosso país, a legalização da maconha pode ser ainda mais prejudicial. Neste sentido, também sou contra prender usuário. Devemos combater as fontes, as fronteiras, o tráfico. Conheço gente que começou na cerveja, passou para a vodca, depois para o whiski misturado com tapinha na “tartaruga” para equilibrar a nóia. Mais tarde foi para a coca e para o abismo de uma vez por todas. O problema é que pouquíssimos ficam na maconha. Ela já deixou de ser romântica, um elemento de fuga, e contraditório, para uma doce revolução. Tornou-se apenas um passaporte para uma vibe perigosíssima. Há pais de família, gente boa que conheço de perto, os quais, aliás, vivem bem pertinho de nós todos, que gastam uma fortuna no ano com drogas e tentam larga-las mas não conseguem. Da mesma forma o que pára no álcool, sabemos que desvencilhar-se do mesmo é mais difícil do que das drogas que conhecemos. Terrível constatação!!!! A grande frustração disto tudo é assistirmos o desespero das mães nas clínicas de recuperação, nos corredores das igrejas, nos cemitérios e funerais, tudo por conta deste mal que assola o mundo neste exato momento. Peço a Deus que conduza os nossos governantes de maneira sábia para que possa ser feito algo para diminuir o consumo de todo tipo de droga. Sim, Jesus, sempre Ele, continua sendo o melhor remédio para este tipo de cura. Conheço inúmeros casos de cura que passaram pelas mãos do Médico dos Médicos. Duvido que se com Ele não o caso não se resolve. Vida que segue. Carlos Cacau Furieri