Arthur Zanetti, A Surpresa Nacional

04:42 Postado por Geremias Pignaton







Ontem, o Brasil se surpreendeu com a medalha de ouro do ginasta Arthur Zanetti no exercício das argolas. Há quem começou a dizer que o Brasil é o país das argolas. Outros, como li jornal A Gazeta de hoje, dizem que Zanetti ganhou a medalha, apesar do Brasil.
O brasileiro baixinho e musculoso derrotou o favorito chinês e um italiano, que ficaram com a prata e o bronze. Porém, o maior derrotado por Zanetti foi a imprensa esportiva nacional, que nem de longe previu a possível vitória do cara.
Zanetti não foi uma surpresa total. Seus resultados eram muito bons e, mesmo não sendo favorito, podia-se prever uma boa participação dele, inclusive com medalha.
Acho que, depois de seguidas decepções com Dayane dos Santos e Diego Hypolíto, os jornalistas ficaram céticos.
Fato é que, salvo algumas raríssimas exceções, a imprensa esportiva nacional é muito chegada a um sensacionalismo, a uma patriotada, mas é uma lástima tecnicamente. A maioria dos integrantes desse ramo da imprensa são pessoas formadas em jornalismo que gostam de esportes, mas que não têm nenhuma capacidade técnica. O símbolo maior do tupiniquim jornalismo esportivo é o nosso notório Galvão Bueno.
Zanetti é um herói nacional e não foi nenhuma surpresa.


Ps - Quando vi o nome dele, lembrei-me imediatamente do conjunto de forró, imenso sucesso no Espírito Santo na década de 80, os Irmãos Zanetti, lá de Santa Teresa.
Apesar de não ser o meu gênero musical favorito, promovi alguns bailes com eles em Ibiraçu.

Gralha-do-Campo

03:26 Postado por Geremias Pignaton


                                          Fotos GPignaton///Clique nas fotos para ampliar



Ave passeriforme da família Corvidea. Seu nome científico é Cyanocorax cristatellus. Parente do corvo europeu. O nome cristatellus provém da crista apresentada pelo pássaro. É um dos maiores pássaros existente no Brasil, chegando a 35cm.
Apresenta a parte inferior do corpo de cor branca, as costas e asas azuis,  pescoço e cabeça, incluindo a crista, bico e olhos, negros. Quando mostrei estas fotos a um colega de trabalho ele ficou impressionado com a delimitação do colar negro. Conforme ele, parece que foi contornado por um desenhista.
Ave onívora, come frutas, insetos, sementes e ataca ninhos para predar ovos, inclusive de galinhas, tornando-se inimigas de habitantes do campo.
Anos atrás, numa fazenda em Alexânia-GO, vi uma plantação de abacaxis atacada por essas aves. Com o potente bico, elas furam a casca grossa da fruta, ainda verde, e comem a polpa com enorme voracidade. Ficou tudo arruinado.
Vive em bandos de 4 a 8 indivíduos. A procriação também é feita em bando. O ninho de gravetos é coletivo. várias fêmeas põem ovos e  todos cuidam da incubação e da ninhada.
O bando produz enorme algazarra por onde passa. Muito difícil não notar a presença destas aves.
Habita a região central do Brasil, dando preferência ao Cerrado. Não gosta de densa mata. No Espírito Santo, tem sido observada  na divisa com Minas. É provável, com o tempo, que apareça também na região de Ibiraçu, devido a mudança de ambiente sofrida com o fim da Mata Atlântica.
Fiz estas fotos em Chapada Gaúcha-MG, no distrito de Serra das Araras, a uns 400 km de Brasília.

A Primeira Missa no Brasil

04:56 Postado por Geremias Pignaton

                                                      Clique na imagem para ampliar


A primeira missa foi celebrada no Brasil em 26 de abril de 1500, em Coroa Vermelha, local hoje pertencente a Santa Cruz de Cabrália na Bahia. A missa foi celebrada pelo frade Henrique de Coimbra.

Mais de três séculos e meio depois, em 1860, o pintor catarinense, Victor Meireles, baseado nos relatos de Pero Vaz de Caminha, pintou o quadro da imagem deste post, retratando a celebração.

O quadro da Primeira Missa no Brasil se tornou uma das obras de arte históricas mais famosas do país. Talvez só comparável ao Grito do Ipiranga de Pedro Américo.

Quem, ainda criança, no livro didático de história, no ensino fundamental, não se impressionou com essa imagem? Eu me recordo  o que  mais me chamou atenção foi o índio assistindo a missa trepado na árvore.

O quadro de Vítor Meirelles tem 2,77 m de comprimento por 3,5 m de altura. Fica exposto permanentemente no MAM - Museu de Arte Moderna no Rio de janeiro.

Até o dia 16 do mês de setembro próximo, ele está em exposição aqui  no Salão Nobre da Câmara dos Deputados em Brasília.

Ver o quadro é uma forte emoção. Quem tiver a oportunidade não pode perder.

Sapateado

03:58 Postado por Geremias Pignaton




Meu filho Angelo frequenta uma academia de dança, onde pratica sapateado. Na ocasião dos 50 anos de Brasília ele e seus colegas fizeram uma apresentação num teatro. Todo o espetáculo chamava-se "Entre Asas e Eichos" e o número dele foi uma coreografia com a música do Capital Inicial, banda de rock da cidade.

Veja a apresentação no link a seguir. Angelo é o menorzinho.

http://www.youtube.com/watch?v=iIPmUmswx7g&feature=plcp

No final do ano passado, mais uma apresentação. Nessa ocasião uma coreografia misturando a percussão de bolas de basquete quicando com o som dos sapatos. Aqui, Angelo, mais crescidinho, continua o menorzinho e tem o número 5 às costas.

http://www.youtube.com/watch?v=ikpIC_dpE1Q&feature=plcp

Dilma e o Mensalão

06:25 Postado por Geremias Pignaton







Foi o escândalo do mensalão que deu a grande guinada na vida política da Presidenta Dilma.
 Até o estouro do escândalo, ela era uma obscura ministra das minas e energia.
Com o mensalão em 2005, José Dirceu, o poderoso chefe da Casa Civil, caiu em desgraça e Lula buscou sua austera ministra de minas e energia para comandar o governo.
Dilma, com muita competência e traquejo administrativo, conduziu o restante do primeiro Governo Lula até a vitoriosa reeleição. Depois, guiou o segundo governo com resultados melhores que o primeiro.
Em consequência desse árduo trabalho administrativo, numa inteligente manobra de Lula, Dilma saiu do campo técnico e ganhou o campo político, culminando no sucesso de sua própria eleição em 2010.
Graças ao mensalão, Dilma é a presidenta do Brasil.
É prudente que ela e seu governo se mantenham afastados deste julgamento que ocupará toda a mídia nos próximos dias.

É Dura a Dor do Parto

04:23 Postado por Geremias Pignaton








Clique sobre a imagem para ler.






Recebi um material de campanha a reeleição da prefeita de Ibiraçu. Uma das principais promessas é por em funcionamento uma casa de parto.
Para chegar ao parto, a gestação humana demora 9 meses, aproximadamente 40 semanas. A mais longa gestação conhecida é a do elefante, que pode se estender por mais de 2 anos.
A questão do parto em Ibiraçu, entretanto, extrapola todos esses tempos e já ultrapassa mais de uma década. Desde de 1999 que o casal manda-chuva de Ibiraçu vem prometendo maternidade. Vem prometendo não. A maternidade já foi inaugurada por eles duas vezes, depois de ter recebido vários recursos federais e estaduais para ser feita.
Eu aqui de longe, me pergunto: é ou não é muita cara de pau desses dois políticos profissionais, que há 22 anos usam Ibiraçu, virem ainda mencionar a palavra parto em campanha? Ou o povo de Ibiraçu não tem memória?
Se você não lembra, vamos recordar.
Em agosto do ano passado, escrevi 4 posts contando e ilustrando essa novela de promessas e inaugurações de maternidade. Cliquem nos links abaixo para ler e recordar:

http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-i.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-ii-maternidade-da.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-iii-onde-os-votos-nascem.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-iv-o-inicio.html

Pica-Pau-Branco ou Birro

03:40 Postado por Geremias Pignaton


                                               Fotos: GPignaton. Clique sobre elas para ampliar.



O pica-pau-branco, também conhecido como birro, é uma ave picidea da família Picidea. Seu nome científico é "Melanerpes candidus".
 O macho tem a nuca amarelada. Nas fotos acima não dá para fazer a diferenciação sexual.
 Mede cerca de 28 cm, é um pica-pau médio.
Habita praticamente todo o território nacional em todos os ambientes, evitando as florestas intrincadas.
Alimenta-se sobretudo de insetos, mas come também sementes e frutos. Ataca os pomares, como se vê nas fotos prestes a atacar um mamão. Adora também atacar ninhos de abelhas e marimbondos para comer mel e larvas.
Vive em bandos de 6 a 10 indivíduos, podendo atingir 20.
O primeiro registro fotográfico que fiz desta ave foi em Alto Bérgamo, município de Ibiraçu, de longe, agarrado num coqueiro. Também lembro-me de ter corrido atrás de um bando na propriedade dos herdeiros de Guilherme Conte, em Ibiraçu, sem ter conseguido registrar nada.
Estas fotos aí do post fiz em Serra das Araras, município de Chapada Gaúcha, no noroeste de Minas, a 400 km de Brasília. Fiz da janela da pousada onde dormi. Acordei e escutei o barulho deles no mamoeiro. Abri a janela e clic!