Muro
08:35 Postado por Geremias Pignaton
A guerra fria começou com o fim da Segunda Guerra Mundial. Americanos e ingleses se uniram à União Soviética para destruir o inimigo comum, o nazismo de Hitler.
Após derrotarem Hitler, eles voltaram à realidade de desavenças políticas e ideológicas. Culminou no início do anos 60 com a divisão da imensa cidade de Berlim por um muro de mais de 150 quilômetros. A Alemanha já estava dividida desde o fim da guerra. Os Russos ficaram com a parte oriental e os americanos e ingleses com a parte ocidental.
O comunismo, como ideologia estatal, começou a declinar no fim dos anos 70 com o sindicato Solidariedade na Polônia, com a eleição do papa polonês e com a ascensão política de Gorbachev na URSS com suas Glasnost e Perestroika.
Culminou com a queda do Muro de Berlim em 1989.
Hitler, ao iniciar seu domínio político na Alemanha, projetou um Reich de mil anos. Acabou dividindo sua poderosa nação em duas. Mais do que tudo, a queda do muro foi, depois de 44 anos, a reunificação da nação alemã.
No presente, temos um muro parecido lá na Palestina, dividindo judeus e palestinos.
Entretanto, temos muitos outros muros espalhados pelo mundo. Não são muros de concreto, de pedra, reais, são muros virtuais, mas que parecem muito mais difíceis de serem derrubados.
Em Ibiraçu temos um muro assim. parece que divide a nossa cidade em Ibiraçu Oriental e Ibiraçu Ocidental e nós, como naquela canção do Pink Floyd, somos mais um tijolinho nessa dura parede.
8 de novembro de 2009 às 15:40
Gerê, vou começar de trás para frente... O disco The Wall do Pink Floyd é baseado no isolamento pessoal de uma “estrela da música” perante o mundo exterior, no caso um tanto quanto autobiográfico do Roger Waters, mas é uma metáfora que é perfeitamente aplicável a diversos muros que criamos no nosso dia-a-dia e geralmente feito de pequenos problemas (tijolos). Muito bem utilizada em sua resenha... he he !!! Musicalmente um clássico que completou, neste ano, 30 anos ... Quanto a queda do muro de Berlim, há um simbolismo muito grande por trás dele, mas acho um pouco de exagero dizer que foi o fim do comunismo, acho mais que foi o fim da primeira grande tentativa de criação de um estado comunista, o que na verdade ficou muito longe de ser alcançado, mas há muitas lições boas e ruins desta tentativa. Na verdade se olharmos para os países ocidentais, hoje todos são um misto de capitalismo e socialismo, uns mais para um lado, outros para o outro, mas não existe um único país que seja fruto apenas de uma ideologia. Moramos num país “capitalista”, mas quando a gente fala em escola pública e saúde pública isso é socialismo, e muitas das conquistas dos trabalhadores também são frutos deste. Acredito que as idéias do comunismo ainda estão vivas e se reformulando, o mais importante para se atingir um estado comunista é primeiro as pessoas estarem dispostas a criá-lo. O comunismo (ou a tentativa de) até hoje só foi conseguido através de revoluções que gerou contra-revoluções fortíssimas, além de grandes distorções do seu ideal. Um dia, cresceremos mais como humanidade e, aí sim, as idéias comunistas voltarão a ser discutidas em maior escala, por enquanto, vai se comendo pelas berradas e se reformulando, que acho que é o que dá para se fazer. Hoje existem muitos movimentos chamados “coletivos”, não são necessariamente comunistas, mas tendem a minimizar o individualismo que vivemos. Acho que esse é o caminho. Vamos melhorar as pessoas, só assim criaremos um estado melhor, seguindo um processo natural, sem grandes rupturas, mas que levará tempo ... muito tempo...