Elástico

15:56 Postado por Geremias Pignaton

Ontem vi uma entrevista de um líder sindical italiano no canal Rai Internazionale. Ele falava sobre as mudanças no mundo. Achei muito interessante. Disse que estamos numa guerra. Não numa guerra de sangue, como as do passado, mas numa guerra para mudar a maneira de pensar, a maneira de encarar os recursos, uma guerra para mudar a classe política, os dirigentes, os conceitos de riqueza, enfim uma guerra para mudar os paradigmas da revolução industrial.
A humanidade evolui em arrancos, em espichões, como se fosse um elástico. Espicha até o limite, depois dá uma contraída buscando valores anteriores que nunca mais encontra. A revolução industrial que iniciou-se no Século XVIII e que teve seu auge no século passado, parece que chegou no ponto máximo do elástico espichado. Agora iremos dar uma recuada, buscando valores novos, valores que deixamos no passado e que provavelmente não os encontraremos do mesmo jeito.
O ícone da era industrial é o automóvel. Com essa crise do aquecimento global, da necessidade de racionarmos energia, parece um absurdo que para transportar uma pessoa tenhamos que deslocar mil e quinhentos quilos de aço. Precisamos mudar isso urgentemente. Se levarmos em consideração o petróleo, a indústria automobilística move o mundo atual. Isso tende a diminuir.
Quem está mais adaptado para o mundo que virá? Aqueles que vivem razoavelmente bem sem depender de muitos recursos. Ricos serão aqueles capazes de viver bem sem gastar muito, sem depredar a natureza, sem exaurir os recursos naturais.
Tudo indica que a humanidade , então, se voltará para o oriente. China, Índia, Coréia, Japão têm mais conhecimento e cultura nessa área.
A Europa também tem tradição em racionamento e em vida apertada. As guerras foram escolas. Os EUA, o grande sugador de recursos naturais, sofrerá muito.
O Brasil está bem na fita. Basta fazer alguns ajustes e não perder as oportunidades.

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