Serra x Dilma
11:46 Postado por Geremias Pignaton
Muitos temas virão a debate, várias estocadas serão dadas de ambos os lados. Um puxando para lá e o outro para cá. Lula e Dilma tentarão, a todo custo, fazer aquela tradicional pergunta que se faz nas eleições americanas:"você vive melhor agora, ou há oito anos?"
Eu, como servidor público, não voto em tucanos de jeito nenhum. Acho que todo servidor público deve fazer o mesmo. Eles, os bicudos, pregam que a desgraça do estado é o servidor público e seus privilégios. Voltarão os Bressers, as Costins, os Malans, os irmãos Mendonça de Barros que virão para cima de nós, agora, com mais ódio. Ficaremos com salários estagnados, perderemos os direitos de aposentadorias e outros "privilégios". Nós seremos rotulados, como fomos, os cupins do estado.
E você, caríssimo leitor, já respondeu à pergunta pragmática dos americanos?
12 de abril de 2010 às 15:56
Considerando o desenvolvimento econômico da época e todas as variáveis econômicas, colocadas nas devidas proporções, descontada a inflação, e não fazendo conta de padeiro-lulante, certamente que na era FHC teve-se muito o que comemorar. Como um agente privado, questionamos o porquê de não termos uma reforma previdenciaria, uma reforma fiscal, uma reforma trabalhista e principalmente a sindical. Tudo promessa de campanha e não cumpridas. Não há investimento político mais barato do que contratar servidor público e manter seus aumentos na média da inflação. Sou a favor de se pagar bem ao servidor, só no concordo com inchaço da máquina, o qual é político. Sem contar que há um disparate enorme entre o que se ganha no governo e o que se ganha na iniciativa privada. Há tanta coisa que precisa ser revista neste Brasil. Não para estar nas bancas, mas na pratica. Os Mendonça de Barros, os Malan, os Bresser foram substituídos pelos Genuínos, pelos Pallocci, pelos Luizinhos, pelos Delúbios, pelos Marcos Valérios, pelas Dilmas, pelos Brands, e acima de tudo pelo José Dirceu, o qual continua lider do governo como nunca na história deste país. E se contabilizarmos a courriola ela vai looooonge!!! Nunca um país viveu um antivalor das coisas como neste governo. Chega de Lula, Xô Dilma!!! Vida que segue. Carlos Cacau Furieri
12 de abril de 2010 às 17:26
Cacau, o ACM não dá para voltar porque nós, nem eu nem você, acreditamos em espiritismo. Entretanto, os terreiros baianos estão á toda.
13 de abril de 2010 às 13:50
Gerê, de todos a eleições para presidente que já presenciei e participei, esta é a que tenho maior certeza em quem votar. Lembro-me perfeitamente do dia em que estava e me despedindo do pessoal da caixa para vir trabalhar na Petrobras, era a eleição de 2002, ainda na gestão de FHC. Disse, ao pessoal que estava na mesa, que votaria em Lula, mas que não acreditava em grandes mudanças, mesmo se Lula vencesse. Não estava errado, porque grandes mudanças não aconteceram e nem acontecerão bruscamente em uma sociedade baseada neste modelo de democracia onde os políticos, que normalmente se elegem, representam, ou efetivamente pertencem, à classe dominante (em termos financeiros) deste país. O país é grande e a inércia também. É numa sociedade cheia de vícios, e não se enganem, o Lula para chegar teve que se enquadrar; para alguns ele se vendeu; para outros ele deixou de ser radical; enfim há muitos pontos de vista sobre uma mesma cena. Voltando ao início, porque eu digo que tenho certeza em quem votar? Porque as pequenas mudanças que o Lula conseguiu nestes 8 anos foram muito benéficas para o país, principalmente porque ele assumiu a postura de gestor da nação, com erros e acertos, fez o estado tomar a rédea do país. Isto incomoda muita gente, principalmente quem estava acostumado a mandar no estado sem mostrar a cara. Usou a Petrobras, uma das poucas “estatais” que ainda existem, para fomentar a indústria nacional, mesmo sendo oneroso para a Petrobras, isto tem sido fundamental para o Brasil. Tem uma política de distribuição de renda e de desenvolvimento dos estados do norte e nordeste muito consistente, estados estes que realmente necessitam de atenção especial. Enfim, eu acredito no papel do estado atuante, que tenha capacidade para dar norte ao país. Infelizmente, o homem não é evoluído socialmente o suficiente para eliminar a figura do estado. E se é para ele existir, que seja uma figura democrática e com força para realizar o anseio da maioria. Sem estado capaz disso, não há democracia. Lembrar que democracia significa desejo da maioria sobre a minoria, há quem diga que a democracia é a ditadura da maioria sobre a minoria, o que concordo, mas acho que nós ainda nem chegamos nisso, pois acredito que a nossa democracia continua atendo o desejo de uma minoria e não de uma maioria, por isso, acho que muita coisa tem que mudar no nosso modelo democrático, mas isso é uma longa discussão. O problema para mim é que os “liberais” (só no sentido econômico, diga-se de passagem), onde no Brasil tem suas melhores representações no PSDB, não acreditam nisso; portanto não há como eu votar neles. Como confiar o estado a quem não o vê como uma boa coisa? Olhando o que o governo Lula apresentou de positivo vejo bons horizontes, e apesar da Dilma ser uma figura nem um pouco carismática, sempre me pareceu muito competente. Votarei em alguém para gerir o estado, e isso é muito mais importante que ser carismático. Hoje para mim é mais fácil votar, pois já conheço o governo e consigo entender melhor quais são as propostas de ambos, mesmo antes de começar os programas eleitorais, que para mim dizem pouco.
“eu posso estar completamente enganado, posso estar correndo para o lado errado, mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza!”
Ter certeza de que ela será uma boa presidenta se ganhar, aí são outros quinhentos... mas tenho certeza de quem não será!