Pássaro Preto ou Melro

07:12 Postado por Geremias Pignaton


Pássaro da família Icterídea, cujo nome científico é "Gnorimopsar chopi". Recebe outros nomes populares pelo Brasil. O mais comum é no nordeste do Brasil onde é chamado de graúna em algumas regiões e de assum preto em outras. Na região de Ibiraçu recebe o nome de melro, provavelmente recebido dos imigrantes europeus pela aparência com o melro deles.
É todo preto, penas, bico, pernas, nada de outra cor. Mede em torno de 25 cm no máximo e possuí um dos mais espetaculares cantos entre todos os pássaros. Não tem dimorfismo sexual, machos e fêmeas cantam. Formam pequenos bandos. Vivem em todas as regiões do Brasil, com excessão da densa Floresta Amazônica. É confundido com o chopim, que parasita o ninho de outras aves. O melro é maior e de penas pretas mais foscas, o chopim tem penas tendendo para o violeta e com brilho quase metálico. O canto do chopim é também muito mais pobre em sonoridade. O melro cuida do ninho e da prole. Faz ninhos preferencialmente em ocos de árvores, com algumas variações em folhas de coqueiros, buracos em barrancos, casas abandonadas de joão-de-barro, em copas de árvores fechadas.
A música Assum Preto de Luiz Gonzaga foi composta contando poeticamente o fato dos passarinheiros do Nordeste Brasileiro fazerem a crueldade de furarem o olho do pássaro, sobretudo sabiás e assum pretos, para os pássaros cantarem mais. Coisa de gente desalmada.
ASSUM PRETO
composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis)
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus

1 comentários:

  1. Fransergio disse...

    Lembro-me que vovó Ermelinda, lá em Guaraná, tinha um Melro que vivia fugindo da gaiola, mas não voava para longe, e atacava todo mundo que passava perto da gaiola. Boas lembrança da infãncia!!!