Finados e Todos os Santos

Hoje é Dia de Todos os Santos. Amanhã, para a felicidade geral da nação, é Dia de Finados, feriado nacional.
Antigamente, quando eu ainda não tinha nascido, ou ainda era criancinha, os dois dias eram guardados pelos católicos. Ninguém trabalhava, ia todo mundo para a missa e visitar os cemitérios.
O dois dias foram criados pela Igreja Católica nos seus primeiros séculos de existência.
No caso do Dia de Todos os Santos, deu-se o seguinte: a burocracia católica estava criando muitos santos e tinha-se a tradição de dedicar um dia do ano a um determinado santo. Quando não havia mais dias para tanto, criou-se um dia para todos, de forma a acomodar a situação. Não sei se é verídica essa história, mas faz sentido.
Com o dia de finados deu-se algo parecido. Havia a tradição de rezar para os mortos, entretanto, via-se que muitos mortos não tinham ninguém vivo para rezar por eles. Então, criou-se um dia dedicado a todos os mortos.
Assim, rezando por todos, contemplamos também os mortos desamparados que não têm ninguém por eles.


Cá para nós, sem que os mais aficionados devotos nos ouçam, tem coisas nas religiões que parecem piada.