Torre Eiffel - Vale a Pena Ver de Novo
03:53 Postado por Geremias Pignaton
Eu, minha esposa e meus dois filhinhos estávamos indo, numa tarde de sol, visitar a Torre Eiffel. Era maio deste ano. Saltamos numa estação do metrô próxima e seguimos por uma calçada no meio de uma multidão de turistas rumo à famosa torre.
No caminho ia reparando nos camelôs que vendiam suvenires. A maioria das bugigangas eram pequenas miniaturas da torre feitas de metal. Tinha todos os tamanhos de meio metro para baixo. Eles levavam as torrezinhas penduradas em arames. Normalmente, cada camelô carregava um monte em cada mão. Eram, a maioria, negões africanos e imigrantes do mundo árabe.
Quando faltava uns trezentos metros para chegarmos à torre, começou um frisson entre eles. Notei que eles ficaram inquietos, se é que camelô para quieto. Começou uma correria louca. Ouvia-se um imenso tilintar das torrezinhas de metal batendo uma na outra. Nós, juntamente ao monte de turistas, nos esprememos na calçada para abrir passagem. Gritos e corre-corre para todo lado. Gente atravessava a rua se arriscando no meio dos carros que buzinavam.
Ao longe, pro lado da torre, divisei o motivo da correria. A polícia, com um aparato imenso, fazia uma operação para reprimir a venda ilegal. Policiais em motos, de carro, a cavalo e a pé tocavam apitos que compunham uma barulheira doida com os gritos, as buzinas e o tilintar das torrezinhas .
Em meio àquilo tudo, mesmo assustado, eu, que perco o amigo mas não perco a piada, gritei a todo pulmão: Ó O RAAAAAPA! Ó O RAAAAAPA! Ó O RAAAAAAPA! Os turistas ao meu redor olharam-me sem entender nada. Lá atrás, longe, ouvi uma gargalhada. Provavelmente um brasileiro.
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