Correição Eleitoral

A oposição em Ibiraçu pediu que a Justiça Eleitoral faça uma correição eleitoral com revisão das inscrições eleitorais no município. O pedido foi feito com base no elevado número de eleitores em relação ao número de  habitantes. Essa relação chega a 83%, quando o normal é ficar em torno de 70%. Se levarmos em consideração o Brasil inteiro, são 190 milhões de habitantes e 135 milhões de eleitores aproximadamente. Isso dá pouco mais de 70%.
No caso de Ibiraçu, o agravante é que do ano passado para cá entraram mais de 800 eleitores novos. Sabemos que Ibiraçu é uma cidade de população quase estagnada. Esse acréscimo não corresponde, de forma alguma, à realidade.
A prática de eleitores de fora virem votar em Ibiraçu é velha. Sempre foi uma forte arma eleitoral. Eu acompanhei as eleições de 1988, 1992 e 1996 de perto e posso testemunhar que era grande o relato de ônibus e vans que traziam eleitores para a votação. Também era muito fácil ver nas seções de votação um número muito grande de desconhecidos.

No início deste ano, mais para ver a reação do que realmente para transferir meu título, procurei o cartório eleitoral e fui impedido de transferir meu título para a cidade. Segundo me orientaram, eu teria que ter, no mínimo, três meses residindo na cidade. Mesmo eu que sou natural da cidade e, inclusive, já fui vereador.
Portanto, parece-me que o procedimento daquele cartório é rígido.
Ibiraçu não pode deixar que pessoas estranhas, de fora, decidam seu destino.
A justiça eleitoral, dados os indícios numéricos, deveria acatar o pedido de correição e rever os eleitores da cidade.
Não são muitos, é fácil fazer.