Bêbados ao Volante

Dois casos trazem à baila o assunto da lei seca. O caso Edmundo e o caso do ex-deputado paranaense, Carli Filho. Nos dois, a combinação álcool e direção causaram tragédias imensas. No total dos dois casos cinco mortes.
Lembro-me que na década de 80 e início de 90 dirigíamos bêbados sem quase nenhuma cobrança e, o pior, sem nenhum sentimento de culpa.
Quando fui morar na Itália, 1990 e 1991, lá o nível de cobrança era mais ou menos como aqui hoje, com uma fiscalização muito mais intensa.
Observe que, apesar de lentamente, nossa sociedade vai evoluindo e se equiparando às sociedades mais adiantadas.
Mais importante que a pena é a reprovação da sociedade à conduta. Quem dirige bêbado hoje é cada vez mais encarado como um cidadão nocivo à sociedade, um irresponsável criminoso.

Quanto ao Edmundo, a justiça demorou 16 anos para prendê-lo, ainda assim por apenas algumas horas. Quem cometeu o crime foi uma pessoa, foi presa outra. Não sei se é o caso, mas justiça que demora tanto quase sempre se transforma em injustiça.