O Céu e o Inferno da Mente
03:15 Postado por Geremias Pignaton
No post "Degradação", esta semana, escrevi "A sala de aula tem que ser um lugar de respeito, limpo, livre da negatividade externa. Não deve ser um ambiente isolado, alienado, mas não pode permitir a entrada das coisas ruins. Deve apontá-las, sem permitir que entrem".
Parece premonição. Ontem, em Realengo, no Rio de Janeiro, a negatividade externa entrou na sala de aula da forma pior que pode existir. Entrou a loucura carregada de violência. Os adolescentes pagaram o alto preço da vida.
O que falar numa hora dessa? O que escrever neste post como comentário?
A mente humana é incompreensível. Não conseguimos entender a nossa, que vivemos juntos o tempo todo, imagina entender a mente dos outros?
Cada cabeça um universo infinito. Aparecem no meio de bilhões desses minúsculos universos céus de genialidade, nas ciências, nas artes, na literatura. Céus de bondade, fraternidade e amor ao próximo. Felizmente a grande maioria. Mas também aparecem infernos como a mente deste rapaz que matou e feriu aqueles jovens.
Agora temos que trabalhar muito para apagar esse pavor das mentes daqueles que não morreram, mas foram severamente afetados pelo ocorrido.
Meus filhos, por exemplo, esta noite tiveram medo de dormir sozinhos.
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