Dos Problemas Longevos às Soluções Paliativas

14:26 Postado por Geremias Pignaton

A Confraria de O PAU GIGANTE solidariza-se com as famílias dos jovens assassinados e manda um recado para os meios de comunicação: Desarmem o circo! Isto não é um realiti chôu (americanos!)!

Como costuma bradar Dona Santa, nossa copeira, pessoa muito religiosa: “Santa Maria Madalena!”. Esta Confraria está espantada, estarrecida e, por que não dizer, sorumbática com o desvario dos midiáticos no tratamento das tragédias que se abatem, dia a dia, sobre a população menos favorecida. Na busca pela audiência transformam o drama das famílias em um BBB: Boa Bosta (o terceiro B é impublicável). Sob o manto da compaixão, com carinhas tristes e semblantes “estou quase chorando”, os apresentadores deste espetáculo macabro encenam uma peça teatral onde o tema é o sofrimento alheio.

O monstro, criado nos quintais da sociedade, um doente mental, é destrinchado de tal forma que sua vida e atitudes transformam-se em um manual para outros malucos com a mesma tendência. Um exemplo de anti-herói. Criam-se heróis como o policial que atirou no idiota e que estava apenas cumprindo com o dever. Criam-se escolhidos como a menininha que queria agradecer a Deus porque estava viva. Aproveitando a inocência da criança esquecem que outras estavam mortas e não foram salvas. Criam-se também culpados para que não fique claro o descaso e a falta de zelo pelas crianças e jovens deste Brasil Varonil.

Então vem os arautos das soluções paliativas, os mestres do oportunismo, abutres da casualidade, sugerindo que se mudem as leis sob a justificativa de que isso ou aquilo são as causas dos males que fustigam o populacho. Querem rever o Estatuto do Desarmamento, que contém a vontade manifesta da população brasileira através de um plebiscito. Uma espécie de golpe do desarmamento. Certamente, caso o assassino tivesse ateado fogo nas crianças, esses geniais conhecedores da vontade popular iriam querer proibir a venda de fósforo e gasolina. Alguns também acham que os jovens de 16 anos devem ir para a cadeia. Para Madame Zoraide “eles não tiveram infância”.

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