Seriema

Foto superior : Ricardo Gentil, São Roque de Minas/ MG

Foto Inferior: Amaro Alves, Brasília/DF

A Seriema, também chamada no Nordeste de "Sariema", é uma ave típica dos campos brasileiros. É um Gruiforme, da família Cariamidea, nome científico "Cariama cristata". Possui plumagem cinza-amarelada, com finas riscas escuras. Pernas e bico alaranjados. Na cabeça, uns penugens formam uma crista que lhe deu origem ao nome científico. É uma das poucas aves que possui pestanas. Com suas longas pernas, pode chegar a 70 cm de altura e a 90 cm de comprimento ( comprimento em ave sempre com ela estendida da ponta do bico à ponta do rabo). Pode pesar até 1,4 kg.

Na minha infância, na região de Ibiraçu, não havia seriema. Fui conhecê-la em Minas, mais precisamente em Nova Era. Com o desmatamento, a Seriema passou a viver entre nós ibiraçuenses. Nos pastos ao redor de Ibiraçu, encontramos essas aves. Comum também escutarmos, mesmo na cidade de Ibiraçu, seu canto nas pastarias do entorno. Aliás, essa ave é muito mais ouvida que vista. Seu canto é ouvido a quilômetros de distância. São gritos agudos parecidos com uma risada que se prolonga por minutos. Normalmente canta em duetos, macho e fêmea duelam alternando seu vozerio. O Canto pode ser ouvido linkandohttp://www.xeno-canto.org/browse.php?query=cariama+cristata

Alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados. Pelo hábito de comer cobras, são preservadas pelos fazendeiros.

Habitam campos e beiradas de capoeirões. Nidificam em locais elevados perto do chão, no máximo 4 metros. Põe, geralmente, dois ovos.

Podem tornar-se mansas e chegarem em jardins de casas no campo.

Impressionante as fotos dos filhotes acima. Parecem monstros de filmes de ficção científica.

Por ser uma das Aves mais populares do Brasil, foi tema de muitas canções populares, sendo a mais conhecida a do Mário Zam:

Siriema
Composição: Mário Zan / Nhô Pai

Oh! Siriema do Mato Grosso

Teu canto triste me faz lembrar

Daqueles tempos que eu viajava

Tenho saudade do teu cantar

Maracaju, Ponta-porã,

Quero voltar ao meu sertão

Rever os campos que eu conheci

E a siriema, eu quero ir

Oh! siriema, quando tu cantas

de Mato Grosso a saudade vem

Oh! siriema quando tu choras e vai embora

Eu chorava também

Maracaju, Ponta-porã,

Quero voltar ao meu sertão

Rever o campos que eu conheci

Oh! siriema, eu quero ir