Planície Litorânea
04:58 Postado por Geremias Pignaton
Muitas críticas, sobretudo da área ambiental, atingem essa empresa. Seus eucaliptais ocupam grande parte da planície atlântica capixaba. É a nossa área mais propensa à agricultura. Essas críticas, normalmente, são combatidas com o argumento do retorno econômico que aquela grande indústria traz.
Em dezembro passado, fui visitar um parente em Desengano, município de Aracruz. Na volta, quando estava chegando em Guaraná, do alto de um platô pode-se avistar grande parte da planície litorânea de Aracruz. Naquele local, dirigindo bem devagar, vi a imensidão dos eucaliptais e fiz um exercício de Imaginação. Convido os leitores a fazê-lo comigo agora:
Imaginemos que a Fibria não existisse. Toda a planície litorânea do norte do Espírito Santo, de Pedro Canário a Aracruz, estaria, certamente, ocupada por grandes proprietários de terras explorando a agropecuária. Teríamos fazendas de pecuária, carne e leite, fazendas de café, fazendas de soja, feijão, milho, fazendas de frutas, mamão, melão, manga, melancia, e outros tipos de agropecuária. No meio disso tudo, teríamos várias agroindústrias.
Daria isso menos resultado econômico que a imensa indústria de celulose? Os municípios da região e o Estado do ES estariam em pior condição econômica do que estão? O ambiente estaria mais conservado?
Esse é um bom exercício para pensarmos no futuro. Tenho um palpite - puro empirismo - que a indústria de celulose não terá muito tempo de existência na humanidade.
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