Ernest Hemingway

foto: grandesmensagens.com.br



       Sou fã de Ernest Hemingway.
       Em julho, estava passando uns dias em Volta Redonda, terra de minha esposa. Esqueci de levar um livro, como sempre faço quando viajo,  fui a um sebo, perto da casa do meu sogro, e comprei um do Hemingway. Chama-se "Adeus às Armas" e foi escrito no final dos anos vinte.
       Só agora, depois de iniciar a leitura em julho, estou concluindo.
       O livro, de forma romanceada e misturando ficção com realidade, conta a história da participação do próprio escritor na Primeira Guerra Mundial. Com apenas 19 anos, ele se alistou de voluntário no exército italiano para lutar contra os austríacos. Naquela época, a Áustria dominava o nordeste da Itália. Para minha surpresa, a ação do romance se passa na região de onde veio a Família Pignaton. Como eu conheço alguma coisa do local, inclusive um pouco da história, o livro ficou mais interessante.
        Li, então, Hemingway narrando o famoso recuo do exército italiano de Gorizia até às margens do glorioso Rio Piave. Foi uma retirada dramática com os austríacos e os alemães no encalço. Os italianos, por fim, conseguiram detê-los no Piave, ajudados pela cheia e com uma bravura inigualável. Foi uma das mais heróicas passagens da história italiana.
       Conheço essa história de ouvir o povo da região contar, inclusive pessoas que a viveram.
       Ler isso num romance de Hemingway torna a história ainda mais emocionante.

       Ernest Hemingway, americano aventureiro,  foi escritor de suas próprias aventuras. "Adeus às Armas" sobre sua participação na Primeira Guerra Mundial, "Por Quem os Sinos Dobram" da participação como correspondente na Guerra Civil Espanhola, "O Velho e o Mar", seu romance mais famoso, com sua  experiência de pescador em Cuba, "As Verdes Colinas da África", depois de caçadas naquele continente. Esses são seus principais romances
        Escrevia de forma muito direta e simples, como deve ser a boa escrita.
        Viveu literatura e foi Prêmio Nobel em 1954.
         Suicidou-se em 1961, às vésperas de completar 62 anos, com um tiro de fuzil no peito. Teve uma vida intensa e bastante conturbada, cheia de casamentos desfeitos e sempre às voltas com o alcoolismo.


      Para terminar este longo post, publico as 5 dicas de Hemingway para se escrever bem:


1- use frases curtas - Hemingway não usava penduricalhos explicativos nem enfeites no seu texto. Ia direto ao ponto, sem rodeios e delongas. Simples, curto e com conteúdo;
2 -inicie com parágrafo curto - como fiz no meu texto do post;
3 -escreva positivamente - descreva como são as coisas e não como não são. Por exemplo, ao invés de dizer "isso não é muito verdadeiro", diga "isso é mentira";
4- escreva com vigor - transmita sua ideia com vigor, mostre bem o foco, o objetivo;
5-saiba reconhecer os seus sucessos - publique os textos bons e acertados e descarte aqueles que você acha que ficaram ruins