Era Dilma?
03:18 Postado por Geremias Pignaton
Dilma terá que impor seu estilo, fazer um governo independente da imagem do antecessor, exibir luz própria. O vínculo à popularidade e imagem do seu antecessor não lhe trará mais a vantagem que trouxe até aqui. Agora ela é a estrela, ela tem a bola e ela é quem tem que ditar o ritmo do jogo.
Ela vem surpreendo. No início da campanha, quando era vista como o poste de saias, todos achavam que não ia dar conta. Achavam que não teria paciência para a campanha, que ia ficar irritada, que ela ia cometer gafes, que não suportaria os debates, inclusive que não teria pique para aguentar fisicamente os rigores da maratona eleitoral. Ela foi muito além das expectativas durante a eleição.
Depois, durante a transição, ela foi discreta, falou pouco e, quando falou, foi muito sóbria e coerente. Compôs a equipe demarcando bem os espaços de cada força política de sua coalizão.
Agora, na posse, reafirmou todo o seu discurso, equilibrando emoção e sobriedade. Nas vezes em que se emocionou, demonstrou muita honestidade, sem parecer piegas.
Na minha humilde opinião de cientista político prático amador, Dilma começa o seu governo com o pé direito, depois de uma trajetória, até aqui, impecável.
Estaremos de olho para ver como será daqui para frente.
4 de janeiro de 2011 às 01:13
O Brasil é igual a história. Tem antes de Lula e depois de Lula.