Férias
01:24 Postado por Geremias Pignaton
Blog do Gerê fechado por três semanas. Na verdade, as férias são só de duas, mas uma vai de preparação da ida e de arrumação da volta.
Viagem pelo Brasil: Bahia, Minas e Ibiraçu.
Volto na segunda semana de fevereiro, se não resolver emendar com o carnaval.
O Mistério do Livro Desaparecido
03:54 Postado por Geremias Pignaton
Depois da publicação neste blog de um post sobre o livro Memoriário de José Dauster, o assuntou virou polêmica com repercussão entre os leitores, aqui e no ibirinha.
O Primo Ruberval revelou mais histórias sobre a descoberta do livro, inclusive com a revelação do professor Silvestre de ter sido o autor do prefácio assinado pela prefeita e seu marido.
Daí conclui-se que ao menos quatro pessoas tinham conhecimento desta obra em Ibiraçu: o Primo Ruberval, o Professor Silvestre e o casal mandachuva da cidade.
Houve também algumas insinuações, por parte do Primo Ruberval, de que o livro foi editado com dinheiro público, coisa que até agora não ficou bem esclarecida.
O Professor Silvestre não explicou em que circunstâncias ele fez o prefácio do livro. Não revelou detalhes. Portanto, sua participação no episódio ficou ainda muito obscura.
O Primo Ruberval contou a sua história , mas com todo esse mistério ao redor do livro, estamos sempre com a pulga atrás da orelha.
O casal de prefeitos de Ibiraçu não se pronunciou e acredito não irá se pronunciar sobre o assunto.
Qualquer leigo que leia o livro verá que ele é de muita importância para o conhecimento do passado da nossa cidade. Ter ficado escondido durante todos esses anos, pelo menos uma década - não sei exatamente quando ele foi publicado -, é um erro gravíssimo, sobretudo se cometido por quem tinha a obrigação de divulgá-lo.
Se foi editado com dinheiro público, o erro é muito mais grave, podendo até ter sido crime.
Pronto-Socorro - Uma Bagaceira
16:27 Postado por Geremias Pignaton
Por muito tempo, ficamos aqui criticando a situação daquela unidade de saúde, sobretudo ressaltando a tal porta podre.
Gostaria muito de vir aqui dar parabéns á administração por manter aquele prédio em bom estado, depois de ter feito uma pequena reforma. Entretanto, recebi informação hoje de que o interior do pronto-socorro está em petição de miséria. O meu informante relatou com a seguinte expressão "uma bagaceira".
Espero receber de alguém informações mais detalhadas daquele prédio, se possível com fotos.
A saúde do povo não pode abrigar-se num casarão caindo aos pedaços.
Ambulâncias
10:22 Postado por Geremias Pignaton
Imagem: blogdoivancolombo.blog...
Recebi de um leitor o seguinte e-mail:
Boa tarde Gerê
Dias atrás fiquei sabendo que por motivo de economia as ambulâncias de Ibiraçu não possuem ar condicionado. Fui comprovar e confirmei. Segundo funcionários, quando sugerido que as mesmas fossem adquiridas com ar, a resposta foi a seguinte: é para fazer favor e ainda querem luxo?
É mole uma resposta dessa? E olhe que quem me falou isso não foi peão, foi gente que participa das reuniões.
Imagine uma pessoa doente ou ferida, num calorão desse que faz por aqui, num trânsito engarrafado, dentro de uma ambulância sem ar condicionado morre mais ligeiro.
Ontem bateu mais uma ambulância daqui, inclusive matando uma pessoa do outro veículo. Veja a Gazeta on line de ontem. Agora só tem uma.
É necessário que quando for comprar outra, que venha com ar condicionado. Numa ambulância não é luxo. Luxo é nos carros que ficam com os motoristas e funcionários para fazerem serviços pessoais.
Forte abraço
Será que o Jettão da prefeita 3.0, beberrão que só ele, tem ar condicionado?
Gaivotão - Larus dominicanus
01:24 Postado por Geremias Pignaton
O gaivotão é a maior gaivota do nosso território, podendo atingir 56 cm de comprimento.
No Brasil está presente do sul do Espírito Santo até a divisa com o Uruguai.
De março a junho os indivíduos adultos se deslocam para as ilhas, preparando o período reprodutivo que vai de julho a setembro. Depois voltam às praias e estuários do litoral.
São aves que comem de tudo, inclusive restos de alimentos deixados pelos homens nas praias e jogados ao mar por embarcações. Adaptaram-se, assim, com facilidade ao ambiente urbano da costa.
Alguns estudiosos a consideram uma verdadeira praga litorânea. A presença cada vez maior destas aves vem afugentando outras espécies pela prática parasitária e predatória.
Os indivíduos adultos são brancos e pretos, com bicos e pernas amarelas. Os jovens são pardos.
O mais impressionante desta espécie é a capacidade de voo. Elas têm um voo muito ágil. Ao mesmo tempo que vigoroso é suave e silencioso. Realizam manobras surpreendentes.
Têm os pés com membranas entre os dedos e a capacidade de nadar como patos.
As fotos foram feitas em Cabo Frio - RJ. O indivíduo de cima é o adulto, o de baixo é um jovem intermediário entre o juvenil e o adulto. Não há dimorfismo sexual.
Concurso do Senado
01:37 Postado por Geremias Pignaton
Dia 23 de dezembro passado saiu o edital do concurso do senado. São muitas vagas em várias áreas, de nível médio e nível superior. Apesar da alta taxa de inscrição, calcula-se que será um concurso concorridíssimo.
Caro leitor, eu sou servidor do senado e estou chegando na aposentadoria. Quem sabe você vem para cá me substituir.
As provas serão realizadas em todos os estados.
Para acessar mais informações sobre o concurso clique no link abaixo:
http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/Jornal134/senado_concurso.aspx
Memoriário - Livro Escrito por José Dauster
05:51 Postado por Geremias Pignaton
Foto: Embaixador Jório Dauster, filho do autor do livro, responsável pela publicação
Por indicação do Primo Ruberval, que o achou pesquisando a história de Ibiraçu, li o livro Memoriário, escrito pelo médico José Dauster .
O livro foi publicado depois da morte do autor pelo filho Jório Dauster, famoso diplomata de carreira, especializado em comércio exterior, que foi presidente da Vale do Rio Doce e é um tradutor literário consagrado. Das traduções de Jório, constam duas das maiores obras do Século XX, O Apanhador no Campo de Centeio e Lolita.
O autor narra episódios da infância ocorridos nas três primeiras décadas do século passado, desde o seu nascimento até a mudança para a cidade do Rio de Janeiro. Ele nasceu e viveu os primeiros anos de sua vida em Pau Gigante, hoje Ibiraçu.
O livro é um documento importantíssimo para a história da cidade. Os relatos são ricos em detalhes que descrevem a cidade, desde os aspectos paisagísticos e arquitetônicos, passando pelo ambiente cultural, até a descrição de personagens importantes daquela remota época.
José Dauster viveu na cidade no período em que Ibiraçu começou a fazer parte do mundo. Isso se deu com a passagem da linha de ferro Vitória a Minas, nos idos de 1906. Até então, os habitantes do local viviam isolados, tendo sua comunicação feita pelo porto de Santa Cruz, por onde escoavam a produção agrícola, sobretudo café, e de onde recebiam produtos e informações. A viagem para o porto de Santa Cruz, descrita no livro, demandava um dia inteiro em dois trechos, um no lombo de animais ou a pé até Córrego Fundo e o outro em canoas.
São 42 páginas de leitura leve e agradável, apesar de ter sido escrito nos anos 50, com linguagem da época. Algumas passagens são de uma beleza emocionante, sobretudo se o leitor for conhecedor da cidade e de sua história. A passagem do brilhante Cometa Halley em 1910 - não o apagado de 1986 - no céu de Ibiraçu, por sobre o Morro das Freiras, a descrição da mexerica nativa - chamada na época de laranja-cravo-, a escola do professor Dr. Oscar e a origem do nome "Dauster" são narrativas impagáveis.
Também impagável é o posfácio escrito pelo filho Jório Dauster. É uma peça de 6 páginas com um imenso valor literário. Confesso que fiquei muito emocionado durante a leitura. Ora me arrepiava, como quando escuto um música muito bela; ora enchia os olhos de água, como quando vejo uma cena emocionante no cinema. O filho produziu uma homenagem maravilhosa ao pai e nos possibilitou melhor entendimento daquilo que lemos no corpo do livro. A narrativa do acidente do olho e a compreensão do problema vivido pelo pai, fato este quase omitido por ele no livro, chega a ser poético.
Por falar em omissão, o livro tem uma muito forte. Entretanto, esta falha é compreensível, dada a cultura da época. Pouco se fala dos imigrantes italianos.
Na verdade, a cidade surgiu a partir do momento que a produção dos colonos ganhou força e o governo precisou montar uma aparato estatal no local. Aí chegaram as autoridades e as instalações estatais que, junto com a igreja e um incipiente comércio, começaram a formar o núcleo urbano.
Os italianos que chegaram como substitutos da mão de obra negra na qualidade de colonos começaram a prosperar. Eles tinham uma enorme capacidade de trabalho e um conhecimento em agricultura muito maior que os nativos. Meu pai narrou-me muitas vezes que os brasileiros tinham uma certa inveja dos italianos, sobretudo as autoridades. Não era admissível que aqueles colonos ignorantes analfabetos conseguissem mais riquezas que os nativos educados e doutores. Esse tipo de preconceito contaminou a cultura da sociedade da época, perdurando por várias décadas, até por volta dos anos 60. Talvez tenha sido essa a razão da falha da narrativa do autor.
Na verdade, a cidade surgiu a partir do momento que a produção dos colonos ganhou força e o governo precisou montar uma aparato estatal no local. Aí chegaram as autoridades e as instalações estatais que, junto com a igreja e um incipiente comércio, começaram a formar o núcleo urbano.
Os italianos que chegaram como substitutos da mão de obra negra na qualidade de colonos começaram a prosperar. Eles tinham uma enorme capacidade de trabalho e um conhecimento em agricultura muito maior que os nativos. Meu pai narrou-me muitas vezes que os brasileiros tinham uma certa inveja dos italianos, sobretudo as autoridades. Não era admissível que aqueles colonos ignorantes analfabetos conseguissem mais riquezas que os nativos educados e doutores. Esse tipo de preconceito contaminou a cultura da sociedade da época, perdurando por várias décadas, até por volta dos anos 60. Talvez tenha sido essa a razão da falha da narrativa do autor.
José Dauster era filho de Domício Martins, comerciante de Pau Gigante que foi vários anos prefeito da cidade.
No livro, uma coisa me intrigou. O prefácio parece uma peça feita à parte da publicação, os tipos foram impressos de forma diferente dos demais, em negrito, composto por uma trovinha seguida de alguns pequenos parágrafos e assinado pela Prefeita Naciene e seu marido. Daí conclui-se que eles têm, desde antes da publicação, conhecimento da obra. Não entendo como, vista a importância dessa obra para a cidade, eles, que comandam a cidade há mais de duas décadas, não divulgaram o livro por toda a sociedade. Dá a impressão que o esconderam deliberadamente.
Acho que esse livro deve ser do conhecimento de todo o povo de Ibiraçu. Deve ser distribuído ao povo, principalmente aos estudantes, pela importância de seu conteúdo histórico. Acho que não só em Ibiraçu, também em Aracruz, cuja narrativa alcança na parte sobre Santa Cruz.
Para acessar o arquivo em PDF do livro, digite no google "memoriário josé dauster". Para quem lê devagar como eu, é pouco mais de meia hora de agradável e emocionante leitura.
Garça-Azul - Egretta caerulea
15:59 Postado por Geremias Pignaton
A garcinha - uma gracinha, com o perdão do trocadilho - aí da foto é a garça-azul, cujo nome científico é Egretta caerulea. No Paraná recebe o nome de garça morena.
Habita a América, do sul dos USA até o Brasil. Vive em todo o nosso litoral, na Amazônia e Pantanal. Adora o manguezal, onde nidifica no alto das árvores. Observei várias vezes esta ave no manguezal do Rio Piraqueaçu em Aracruz.
Alimenta-se de pequenos peixes, moluscos e crustáceos. Note-se que a ponta de seu bico tem uma coloração mais escura, de tanto enfiá-lo na lama. Usa o bico como uma lança para revirar a lama do mangue, caçando os invertebrados .
Na foto vê-se o indivíduo adulto. Quando jovem tem a coloração branca e vai escurecendo com o tempo. Indivíduos intermediários são manchados.
As duas fotos foram feitas no Parque Dormitório das Garças em Cabo Frio, dias atrás, na folga de Natal.
Índice de Homicídios
04:09 Postado por Geremias Pignaton
Uma reportagem no gazetaonline comemora, podemos assim dizer, a diminuição do índice de homicídios no estado do Espírito Santo. Baixou para 48,2 homicídios por 100 mil habitantes. Ainda é quase o dobro da média nacional que é de aproximadamente 27.
Se a situação do ES melhorou, mas é ainda preocupante, a situação de nossa região é muito mais. Aracruz registrou ano passado 44 homicídios. Número quase igual a Cachoeiro de Itapimirim e igual a Colatina, municípios bem mais populosos. Os números projetados de Aracruz chegariam a 54 homicídios por 100 mil habitantes, acima da média do estado e o dobro da média nacional.
Sei que para melhor estudarmos o caso de uma cidadezinha como Ibiraçu deveríamos analisar uma série histórica, o número de um ano isolado poderia ser casuístico, mas Ibiraçu teve 8 homicídios no ano passado, isso daria 66,66 homicídios por 100 mil habitantes, bem acima da média do estado e quase o triplo da média nacional. Parece que nossa pacífica cidadezinha já não é tão pacífica assim.
Na nossa região, João Neiva foi quem menos mortes violentas registrou, 3 ocorrências. Entretanto, recebi relatos de amigos que moram em JN dizendo que assalto a mão armada na cidade virou rotina. Será?
Acho que nossas autoridades devem verificar bem esses números e atuar junto às comunidades para baixá-los. Todos sabemos o que fazer e como fazer. Basta a tal vontade política.
Tenho inveja de Venda Nova do Imigrante, colônia italiana como nós, que teve zero homicídios ano passado.
Acesse a reportagem do gazetaonline no link abaixo.