O Rei, O Rodeio, O Casal e o Hospital do Câncer
03:29 Postado por Geremias Pignaton
Em agosto do ano passado publiquei um post com as imagens acima e com o texto que destacarei abaixo:
Era o ano de 2003, auge do poder do marido da prefeita. O rodeio de Ibiraçu estava no auge também. Naquele ano, ninguém menos que Roberto Carlos, O Rei, foi a atração máxima. Numa pequena reportagem do Jornal A Gazeta, o marido da prefeita fala da grana que seria arrecada com o evento. Algo em torno de 1,6 milhões de reais. Fala também do tal hospital do câncer que começaria a funcionar no máximo em 2 anos. A prefeita atual, naquela época também prefeita, corroborava o discurso do marido numa reportagem do jornalzinho do próprio rodeio. Enfim, para entender a embromação melhor, leia o texto que escrevi ano passado:
Oitavo Rodeio
03:52 Postado por Geremias Pignaton
Publiquei este post em agosto de 2011.
Dias atrás, a coluna Victor Hugo da Gazeta deu uma notinha dizendo que com a história de Centro de Câncer enganaram Roberto Carlos que fez um show em Ibiraçu com redução do cachê para ajudar a construção do tal centro. O título da notinha era "Enganaram o Rei".
Pois não foi só o rei que caiu nessa, toda a comunidade do Espírito Santo caiu.
Vejam o cartaz publicitário de um desses rodeios, o oitavo, realizado em, salvo engano, 2006.
Nele são expostas fotos de pessoas doentes, acamadas. Fotos feitas para sensibilizar, emocionar as pessoas. É uma publicidade de impacto.
No final ninguém viu nada. Cadê o tal Centro de Referência do Câncer? Onde foram parar as verbas federais empregas nesses rodeios?
Se as pessoas que pagaram o ingresso foram enganadas, imaginem aqueles seiscentos voluntários que o cartaz faz referência.
Caro leitor, ao ver o cartaz eu fiquei enojado. E você?
Ibiraçu não pode conviver com esse tipo de situação. A SACRI tem que dar uma resposta à sociedade. A reposta dada à Gazeta não convenceu ninguém. Quem responde por essa entidade?
Arthur Zanetti, A Surpresa Nacional
04:42 Postado por Geremias Pignaton
Ontem, o Brasil se surpreendeu com a medalha de ouro do ginasta Arthur Zanetti no exercício das argolas. Há quem começou a dizer que o Brasil é o país das argolas. Outros, como li jornal A Gazeta de hoje, dizem que Zanetti ganhou a medalha, apesar do Brasil.
O brasileiro baixinho e musculoso derrotou o favorito chinês e um italiano, que ficaram com a prata e o bronze. Porém, o maior derrotado por Zanetti foi a imprensa esportiva nacional, que nem de longe previu a possível vitória do cara.
Zanetti não foi uma surpresa total. Seus resultados eram muito bons e, mesmo não sendo favorito, podia-se prever uma boa participação dele, inclusive com medalha.
Acho que, depois de seguidas decepções com Dayane dos Santos e Diego Hypolíto, os jornalistas ficaram céticos.
Fato é que, salvo algumas raríssimas exceções, a imprensa esportiva nacional é muito chegada a um sensacionalismo, a uma patriotada, mas é uma lástima tecnicamente. A maioria dos integrantes desse ramo da imprensa são pessoas formadas em jornalismo que gostam de esportes, mas que não têm nenhuma capacidade técnica. O símbolo maior do tupiniquim jornalismo esportivo é o nosso notório Galvão Bueno.
Zanetti é um herói nacional e não foi nenhuma surpresa.
Ps - Quando vi o nome dele, lembrei-me imediatamente do conjunto de forró, imenso sucesso no Espírito Santo na década de 80, os Irmãos Zanetti, lá de Santa Teresa.
Apesar de não ser o meu gênero musical favorito, promovi alguns bailes com eles em Ibiraçu.
Gralha-do-Campo
03:26 Postado por Geremias Pignaton
Fotos GPignaton///Clique nas fotos para ampliar
Ave passeriforme da família Corvidea. Seu nome científico é Cyanocorax cristatellus. Parente do corvo europeu. O nome cristatellus provém da crista apresentada pelo pássaro. É um dos maiores pássaros existente no Brasil, chegando a 35cm.
Apresenta a parte inferior do corpo de cor branca, as costas e asas azuis, pescoço e cabeça, incluindo a crista, bico e olhos, negros. Quando mostrei estas fotos a um colega de trabalho ele ficou impressionado com a delimitação do colar negro. Conforme ele, parece que foi contornado por um desenhista.
Ave onívora, come frutas, insetos, sementes e ataca ninhos para predar ovos, inclusive de galinhas, tornando-se inimigas de habitantes do campo.
Anos atrás, numa fazenda em Alexânia-GO, vi uma plantação de abacaxis atacada por essas aves. Com o potente bico, elas furam a casca grossa da fruta, ainda verde, e comem a polpa com enorme voracidade. Ficou tudo arruinado.
Vive em bandos de 4 a 8 indivíduos. A procriação também é feita em bando. O ninho de gravetos é coletivo. várias fêmeas põem ovos e todos cuidam da incubação e da ninhada.
O bando produz enorme algazarra por onde passa. Muito difícil não notar a presença destas aves.
Habita a região central do Brasil, dando preferência ao Cerrado. Não gosta de densa mata. No Espírito Santo, tem sido observada na divisa com Minas. É provável, com o tempo, que apareça também na região de Ibiraçu, devido a mudança de ambiente sofrida com o fim da Mata Atlântica.
Fiz estas fotos em Chapada Gaúcha-MG, no distrito de Serra das Araras, a uns 400 km de Brasília.
A Primeira Missa no Brasil
04:56 Postado por Geremias Pignaton
A primeira missa foi celebrada no Brasil em 26 de abril de 1500, em Coroa Vermelha, local hoje pertencente a Santa Cruz de Cabrália na Bahia. A missa foi celebrada pelo frade Henrique de Coimbra.
Mais de três séculos e meio depois, em 1860, o pintor catarinense, Victor Meireles, baseado nos relatos de Pero Vaz de Caminha, pintou o quadro da imagem deste post, retratando a celebração.
O quadro da Primeira Missa no Brasil se tornou uma das obras de arte históricas mais famosas do país. Talvez só comparável ao Grito do Ipiranga de Pedro Américo.
Quem, ainda criança, no livro didático de história, no ensino fundamental, não se impressionou com essa imagem? Eu me recordo o que mais me chamou atenção foi o índio assistindo a missa trepado na árvore.
O quadro de Vítor Meirelles tem 2,77 m de comprimento por 3,5 m de altura. Fica exposto permanentemente no MAM - Museu de Arte Moderna no Rio de janeiro.
Até o dia 16 do mês de setembro próximo, ele está em exposição aqui no Salão Nobre da Câmara dos Deputados em Brasília.
Ver o quadro é uma forte emoção. Quem tiver a oportunidade não pode perder.
Sapateado
03:58 Postado por Geremias Pignaton
Meu filho Angelo frequenta uma academia de dança, onde pratica sapateado. Na ocasião dos 50 anos de Brasília ele e seus colegas fizeram uma apresentação num teatro. Todo o espetáculo chamava-se "Entre Asas e Eichos" e o número dele foi uma coreografia com a música do Capital Inicial, banda de rock da cidade.
Veja a apresentação no link a seguir. Angelo é o menorzinho.
http://www.youtube.com/watch?v=iIPmUmswx7g&feature=plcp
No final do ano passado, mais uma apresentação. Nessa ocasião uma coreografia misturando a percussão de bolas de basquete quicando com o som dos sapatos. Aqui, Angelo, mais crescidinho, continua o menorzinho e tem o número 5 às costas.
http://www.youtube.com/watch?v=ikpIC_dpE1Q&feature=plcp
Dilma e o Mensalão
06:25 Postado por Geremias Pignaton
Foi o escândalo do mensalão que deu a grande guinada na vida política da Presidenta Dilma.
Até o estouro do escândalo, ela era uma obscura ministra das minas e energia.
Com o mensalão em 2005, José Dirceu, o poderoso chefe da Casa Civil, caiu em desgraça e Lula buscou sua austera ministra de minas e energia para comandar o governo.
Dilma, com muita competência e traquejo administrativo, conduziu o restante do primeiro Governo Lula até a vitoriosa reeleição. Depois, guiou o segundo governo com resultados melhores que o primeiro.
Em consequência desse árduo trabalho administrativo, numa inteligente manobra de Lula, Dilma saiu do campo técnico e ganhou o campo político, culminando no sucesso de sua própria eleição em 2010.
Graças ao mensalão, Dilma é a presidenta do Brasil.
É prudente que ela e seu governo se mantenham afastados deste julgamento que ocupará toda a mídia nos próximos dias.
É Dura a Dor do Parto
04:23 Postado por Geremias Pignaton
Clique sobre a imagem para ler.
Para chegar ao parto, a gestação humana demora 9 meses, aproximadamente 40 semanas. A mais longa gestação conhecida é a do elefante, que pode se estender por mais de 2 anos.
A questão do parto em Ibiraçu, entretanto, extrapola todos esses tempos e já ultrapassa mais de uma década. Desde de 1999 que o casal manda-chuva de Ibiraçu vem prometendo maternidade. Vem prometendo não. A maternidade já foi inaugurada por eles duas vezes, depois de ter recebido vários recursos federais e estaduais para ser feita.
Eu aqui de longe, me pergunto: é ou não é muita cara de pau desses dois políticos profissionais, que há 22 anos usam Ibiraçu, virem ainda mencionar a palavra parto em campanha? Ou o povo de Ibiraçu não tem memória?
Se você não lembra, vamos recordar.
Em agosto do ano passado, escrevi 4 posts contando e ilustrando essa novela de promessas e inaugurações de maternidade. Cliquem nos links abaixo para ler e recordar:
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-i.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-ii-maternidade-da.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-iii-onde-os-votos-nascem.html
http://gereblog.blogspot.com.br/2011/08/parto-dificil-iv-o-inicio.html
Pica-Pau-Branco ou Birro
03:40 Postado por Geremias Pignaton
Fotos: GPignaton. Clique sobre elas para ampliar.
O pica-pau-branco, também conhecido como birro, é uma ave picidea da família Picidea. Seu nome científico é "Melanerpes candidus".
O macho tem a nuca amarelada. Nas fotos acima não dá para fazer a diferenciação sexual.
Mede cerca de 28 cm, é um pica-pau médio.
Habita praticamente todo o território nacional em todos os ambientes, evitando as florestas intrincadas.
Alimenta-se sobretudo de insetos, mas come também sementes e frutos. Ataca os pomares, como se vê nas fotos prestes a atacar um mamão. Adora também atacar ninhos de abelhas e marimbondos para comer mel e larvas.
Vive em bandos de 6 a 10 indivíduos, podendo atingir 20.
O primeiro registro fotográfico que fiz desta ave foi em Alto Bérgamo, município de Ibiraçu, de longe, agarrado num coqueiro. Também lembro-me de ter corrido atrás de um bando na propriedade dos herdeiros de Guilherme Conte, em Ibiraçu, sem ter conseguido registrar nada.
Estas fotos aí do post fiz em Serra das Araras, município de Chapada Gaúcha, no noroeste de Minas, a 400 km de Brasília. Fiz da janela da pousada onde dormi. Acordei e escutei o barulho deles no mamoeiro. Abri a janela e clic!
Imigração Italiana II
06:05 Postado por Geremias Pignaton
No mês de maio passado, escrevi o post sobre o livro "Colônias Imperiais na Terra do Café" do sociólogo trentino Renzo M. Grosselli. Acabei de ler o livro no final de junho e continuo achando que ele é obrigatório para quem quer entender a colonização do Espírito Santo, sobretudo as colônias de imigrantes italianos.
Na década de 70 do Século XIX, o Espírito Santo tinha três colônias estabelecidas pelo governo imperial, as colônias de Santa Isabel, Santa Leopoldina e Rio Novo.
A colônia de Santa Isabel, onde hoje é Domingos Martins, recebeu imigrantes de várias nacionalidades, sobretudo alemães. A colônia não foi muito para frente e os alemães ficaram isolados por muito tempo. O livro do Grosselli trata muito pouco dessa colônia, que em termos de italianos foi pouco significativa.
A Colônia de Rio Novo, no sul do estado, deu origem a várias cidades. Podemos citar Rio Novo do Sul, Iconha, Alfredo Chaves, Cachoeiro do Itapimirim, Alegre. Ela era dividida, naquela época, em cinco territórios numerados: Territórios I, II, III, IV e V. Várias nacionalidades de imigrantes nesta colônia: suíços, alemães, franceses e até chineses. Depois de 1875 começaram a chegar em Rio Novo os trentinos e italianos que passaram a ser maioria.
A colônia de Santa Leopoldina é que mais nos interessa em Ibiraçu e região. Antes da chegada dos Italianos, ela era dominada por imigrantes alemães e poloneses. Era dividida em Núcleos Coloniais. O primeiro núcleo era o central, Núcleo Colonial do Cachoeiro, onde hoje é a sede do município de Santa Leopoldina. Depois, em 1875, com a chegada de imigrantes trentinos ( lembrar que Trento na época não fazia parte da Itália, pertencia à Áustria ), criou-se o Núcleo Colonial do Timbuhy, onde hoje é a cidade de Santa Teresa. Em agosto de 1877, chegou o navio Columbia, seguido pelo navio Isabella em setembro e Clementina em outubro, com imigrantes italianos que foram estabelecidos num novo núcleo, o Núcleo Colonial Santa Cruz, que depois passou a chamar-se Núcleo Colonial Conde D'eu, onde hoje é Ibiraçu.
Para abrir o novo núcleo de Santa Cruz foi encarregado o General Aristides Armínio Guaraná, veterano da Guerra do Paraguai. Com o sucesso da instalação do novo núcleo, Guaraná, no ano seguinte, passou a exercer a função de diretor de toda a Colônia de Santa Leopoldina, cargo que ocupou até 1882.
Em janeiro 1880, Guaraná escreveu um relatório de suas atividades ao presidente da província que foi parcialmente transcrito por Grosselli no livro. Transcrevo abaixo um trecho reproduzido por Grosselli à página 491:
O Núcleo Conde D'Eu ( que ainda por alguns anos seria chamado Santa Cruz ) era considerado o mais moderno.Sua população era de cerca de 2.000 pessoas, divididas em 308 núcleos familiares italianos, 57 de imigrantes do Ceará e 55 "de índios naturais da província". O núcleo apresentava "um notável progresso e boas perspectivas". Dividia-se nos seguintes distritos: Pendanga, Perobas, Sapateiro, Santa Maria, Mundo Novo, Aracaju e Monte Seco.
No texto acima tem dois trechos aspeados. Grosselli cita literalmente as expressões do escrito de Guaraná. Os índios aí mencionados não são relativos ao significado de hoje. São pessoas da província do Espírito Santo. Os Brasileiros começaram a exigir das autoridades os mesmos direitos dos colonos estrangeiros. Com a pressão política, conseguiram igual tratamento e muitos foram também assentados nas colônias como eram os imigrantes. Grosselli ressalta no livro que poucos foram os colonos brasileiros que conseguiram êxito como agricultores. Segundo o autor, eles não tinham o costume de trabalharem a terra.
A expressão "um notável progresso e boas perspectivas" é um discurso impregnado de otimismo político de Guaraná, que tratava o núcleo aberto por ele quase como uma propriedade sua.
Sei onde ficavam todos os distritos citados acima. Eu nasci no distrito de Sapateiro, onde hoje é a Cascata. Só não sei onde ficava o distrito de Aracaju.
Segundo Grosselli, o primeiro navio, Columbia, que chegou em agosto de 1877, trouxe 256 italianos, quase todos provenientes de uma pequena faixa entre o Veneto e Friuli, nas províncias de Treviso e Pordenone. Esta informação bateu com minhas observações. O meu bisavô, Basilio Pignaton, veio neste navio, era originário de Pordenone. Encontrei naquela região, entre os rios Piave e Tagliamento, muitos sobrenomes que vieram no Columbia. Cito alguns: Pignaton, Redivo, Pianca, Campagnaro, Della Valentina, Rosalém, Spinazzé, Piol, Peruch, Sarcinelli.
Para quem quer ler o post escrito em maio, basta acessar o link http://gereblog.blogspot.com.br/2012/05/imigracao-italiana.html
Famiglia Pignaton - Encontro 19 de Agosto 2012
06:59 Postado por Geremias Pignaton
Clique na imagem para ampliar e ler.
Pretendemos que este encontro vire tradição e seja realizado no mês de agosto de cada ano. A família Pignaton chegou ao Brasil em agosto de 1877.
Atarefado
03:11 Postado por Geremias Pignaton
Assoberbado, estudando, trabalhando, fotografando, escrevendo, cantando, lendo, cozinhando, caminhando, torcendo, amando, dormindo pouco, estou verdadeiramente ocupado.
Pouco tem sobrado para o blog.
Para não ficar meia-boca, vou fechá-lo até agosto. Pode ser que volte antes, mas é muito difícil.
Enquanto isso, se tiver alguma coisa urgente, publico no coirmão ibirinha.com.br.
Corpus Christi
17:54 Postado por Geremias Pignaton
Papa-Moscas-do-Campo
05:55 Postado por Geremias Pignaton
Este pequeno pássaro pertence à família Tyrannidea, a maior família das aves, a mesma do bem-te-vi, suiriri, tesourinha, guaracava. Nome científico Culicivora caudacuta. Está seriamente ameaçado de extinção.
Habita o cerrado, áreas bem conservadas, e sua extinção está ligada a destruição do habitat.
Minha esposa disse que ela parece um camundongo de asas. Achei a definição fantástica. A cauda tem aproximadamente o mesmo comprimento do resto do corpo. O conjunto de corpo e cabeça deve medir uns 3 cm de comprimento.
Estrelinha-Ametista
15:52 Postado por Geremias Pignaton
Poucas coisas no mundo dão tanto prazer quanto estar em contato com a natureza.
Se você tem um bom equipamento fotográfico na mão e conhece um pouquinho da técnica da fotografia, é ainda mais prazeroso.
Esta foto aí é de um beija-flor minúsculo. Chama-se estrelinha-ametista. O nome vem da cor do mento do macho, que é negro, mas conforme ele vira contra a luz transforma-se numa cor linda de ametista . Não tive a oportunidade de registrar o mento ametista, mas pude observar.
Estávamos, eu e um companheiro de passarinhada, numa bela vereda, buritis centenários e magníficos e cachoeirinhas de águas cristalinas. Descobrimos um campo cheio desta flor rosa da foto. Disse ao companheiro que era pasto de beija-flor de bico curto, estrelinha-ametista e chifre-de-ouro.
Pena entramos no campo rosa e divisamos este aí. Eu, por sorte, consegui registrá-lo em voo sobre as flores.
Estar naquele lugar maravilhoso e poder trazer esta lembrança causou-me uma alegria imensa. Compartilhar com os leitores do blog também.
Canção da FEB
03:17 Postado por Geremias Pignaton
A Guerra é uma estupidez. Ninguém em sã consciência, que conhece um pouco da história, pode glamourizar a guerra. A história da humanidade está repleta delas.
Recebi um e-mail de um colega ex-militar divulgando este vídeo que eu achei interessante pelo conteúdo histórico e pela letra da música.
Reproduzo abaixo o conteúdo do e-mail:
Eles
desembarcaram na Itália, cantando essa canção!
A música é do maestro Spartaco Rossi e o poema de Guilherme de Almeida. A Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens, que lutou ao lado dos Aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma Divisão de Infantaria, acabou por abranger todas as Forças Militares Brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época, que seria "Mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra". |
O Cano de Um Milhão de Dólares II
08:32 Postado por Geremias Pignaton
Pergunta-se: para quê reformar alguma coisa que nunca funcionou? Deve ser para pô-la em funcionamento.
A reforma que está sendo feita nunca poderá por aquele sistema de esgoto de agá para funcionar.
Não preciso repetir para os vereadores e o MP ficarem atentos.
Reedito abaixo um post de março do ano passado:
O Cano de Um Milhão de Dólares
Na década de 90, por volta de 1995, ano em que deixei Ibiraçu, começou uma grande obra na cidade. Foi uma obra que trouxe enormes transtornos. As ruas foram esburacadas, o calçamento quebrado, durante as chuvas era lama, na seca a poeira, a obra se arrastou por mais de ano. Era a obra para o tratamento de esgoto da cidade. Na obra foi consumida uma verba de quase um milhão de dólares - fala-se em dólares porque a verba vinha do Banco Mundial.
O prefeito da época, senhor Adélio Cecatto, chegou a declarar que a obra depoluiria o Rio Taquaraçu e que poderíamos beber a água lá para baixo.
Hoje temos as fotos aí de cima. É a foto do monumento ao desperdício de dinheiro público na cidade de Ibiraçu. É a foto do cano que levaria o esgoto ao Pinicão, cavado e construído ao lado do viaduto da estrada de ferro, nas margens da rodovia Ibiraçu-Aracruz.
O blog não sabe de quem é a culpa por esse desperdício. O prefeito da época era o Senhor Adélio Cecatto, mas outros prefeitos vieram e atestaram o funcionamento do tratamento de esgoto. O Ministério das Cidades, responsável pela fiscalização, também atestou esse funcionamento. Entretanto, o fato é que jamais a cidade foi beneficiada por um tostão desses 1 milhão de dólares, jamais teve um litro de esgoto tratado e nunca deixamos de jogar o esgoto "in natura" no rio.
Fica aí o registro para que as futuras gerações não permitam que esse tipo de coisa aconteça. Fica também o exposto para que as autoridades competentes investiguem o ocorrido, se ainda tiver tempo. Fica a foto de uma vergonha que muitos em Ibiraçu esqueceram ou desconhecem.
As fotos foram tiradas na ponte sobre o Rio Taquaraçu, na estrada que vai para a propriedade da família Sirtoli, também que vai para outra vergonha, a casa onde disseram que funcionaria o hospital do câncer. O cano é muito fino para comportar todo o esgoto da cidade e está apoiado em trilhos de estrada de ferro, soldados sobre o rio. Vê-se nitidamente que a estrutura que foi construída era precária para o que se pretendia.
Clique sobre as imagens para ampliar.
Hartung Não Disputa Vitória
03:52 Postado por Geremias Pignaton
Em carta aberta à população, o Ex-Governador Paulo Hartung sai da disputa pela prefeitura de Vitória.
Hartung sempre foi muito misterioso e enigmático.
Muitas interpretações sairão dessa decisão. Eu também dou a minha.
O maior esquema político do estado hoje está na mão do Hartung. Ele substituiu José Carlos Gratz na década passada. Tirou o cabeça, substituiu algumas peças e se assenhorou praticamente do mesmo esquema.
Hoje o governador Casagrande está preso a esse esquema.
Se Hartung fosse candidato e eleito, seria certamente com o apoio de Casagrande. Isso liberaria o governador e seu governo das amarras do esquema, inclusive para a reeleição.
Outra coisa, o esquemão hartunguista perdeu força em Brasília. Dilma e sua base não toleram o ex-governador. Tanto que alimentaram politicamente a obscura Iriny, dando-lhe até um ministério.
Outro indício de que perdeu força em Brasília é a apuração pela PF de esquemas de corrupção no estado, com grossos respingos no Hartung. Fala-se até no envio de uma força tarefa.
O esperto Hartung fez uma retirada estratégica. Vai tentar se posicionar melhor para a próxima de 2014.
Veja matéria da Gazetaonline:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/05/a_gazeta/minuto_a_minuto/1253043-hartung-descarta-disputar-eleicao-para-prefeitura-de-vitoria.html
Ave ou Pássaro?
14:48 Postado por Geremias Pignaton
Republico o primeiro post que escrevi neste blog na seção "metido a ornitólogo". Tentei explicar a diferença dos termos "ave" e "pássaro". Naquele postei um foto dos outros da sabiá-laranjeira. Agora posto com uma foto minha, a melhor que fiz da espécie. Segue o texto original:
Você sabe a diferença entre ave e pássaro? Ou será a mesma coisa? Muitos utilizam os termos como sinônimos.
Todo ser vivo catalogado tem uma classificação científica seguindo orientação dada por Lineu no século XVII: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.
Uma ave, grosso modo, pertence ao reino animal, ao filo dos vertebrados e a classe das aves.
A classe das aves se divide em várias ordens. Entre essas ordens, estão os passeriformes.
Os passeriformes são os pássaros. Geralmente são aves de pequeno porte e canoras.
Assim, todos o pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
Não confundir pássaro com ave pequena. Os beija-flores são as menores aves existentes e não são pássaros, são trochilideos.
Uma galinha não é um pássaro é um galiforme. Uma rolinha é um columbiforme.
O sabiá da foto acima, o sabiá laranjeira, é um pássaro do gênero tordídeo, cujo nome científico é turdus rufiventris, conhecido na nossa região de Ibiraçu como sabiá vira-bosta.
Flores Para Dona Julyta
07:48 Postado por Geremias Pignaton
Rabilonga
04:35 Postado por Geremias Pignaton
Fotos GPignaton///Clique sobre a imagem para ampliar
Estas fotos foram feitas em Ibiraçu. Foi na propriedade dos herdeiros de Tio Gervásio, numa matinha ao lado do córrego Perobas, no caminho da propriedade dos Contes.
Em Ibiraçu esta ave Cucolidea é chamada de rabilonga. Tem vários nomes Brasil afora e o nome mais comum é alma-de-gato.
Já publiquei um post sobre ela com foto de outra pessoa. Você pode acessar no link http://gereblog.blogspot.com.br/2011/05/alma-de-gato.html#links
Com foto minha feita em Ibiraçu, ela fica mais charmosa ainda.
Famiglia Piol
03:19 Postado por Geremias Pignaton
Foto do Acervo de Zé Cera/// Clique sobre ela para ampliar
A Família Piol é uma das maiores famílias italianas de Ibiraçu. Tenho muito orgulho de pertencer a essa numerosa família. Minha avó materna, Joanna - a segunda sentada da esquerda para a direita -, era casada com Vovô Beppe Furieri.
Da esquerda para a direita, em pé, Agostinho, Santa, Jacinto, Beppe e Rosa. Sentadas, Regina, Joanna, Lúcia, Maria e Hermínia.
Agostinho originou uma enorme família de Ibiraçu, pai de Hilário, Derval, Arlindo e Dona Velina, esposa de Wilson Maioli.
Santa, acho que foi a última que morreu. Foi casada com Deolindo Batisti e também teve uma grande família. Mãe de Aristeu, Rita, Malvina.
Jacinto mudou-se para João Neiva e conheço pouco os seus filhos.
Beppe é o pai de Pedro Piol, muito conhecido por todos de Ibiraçu.
Regina é mãe de Dona Albina, esposa do Ciro Peruch, avó de Lupiciano, Angélica, Marta, Roque,Miguel, Regina.
Joanna mãe de minha mãe e de grande parte dos Furieri de Ibiraçu.
Lúcia era casada com Francisco Pignaton - Tio Chico -, mãe de Deolindo Pignaton, Jaime Pignaton.
Maria era esposa de Santin Cera, mãe de Otávio, Dorvelino, Irineu e avó de José Cera, que me emprestou a foto.
Hermínia era esposa de Santo Pignaton - Tio Santo. A família toda reside em Vitória e Vila Velha.
Os Piol se caracterizaram por serem pessoas calmas e tranquilas, traço de personalidade da maioria dos membros desta família.
PS - O fotógrafo não fez um bom trabalho. Deixou muito pé e cortou cabeças. Mas dá para o gasto.
Flor Cósmica
07:07 Postado por Geremias Pignaton
Só as fotos. Não há necessidade de palavras.
Imigração Italiana
05:59 Postado por Geremias Pignaton
O grande atrativo do Brasil era a viagem paga pelo governo brasileiro. A condição de pobreza nos campos italianos não permitia que eles tivessem condições para viajar por conta própria.
Em vapores a viagem durava um mês. Em veleiros, o dobro. Muitos foram enganados com promessa de viagem em vapor e quando chegavam ao porto era veleiro. As condições de viagem eram precárias com super lotação e muitas mortes.
Em Ibiraçu, no início, consta que os colonos trabalharam para o governo na abertura de estrada para Santa Cruz.
A região trentina na época era austríaca, por isso o texto a destaca do norte da Itália.
Até 1880 foi assim. De 1880 para frente a lei de 1867 foi revogada e a viagem era feita por conta dos emigrantes. Mesmo assim, o fluxo migratório não parou.
Não gostei muito da escrita do livro. O texto é meio enrolado. Não sei se é o texto do autor ou a tradução. Entretanto, nada que comprometa o entendimento e o valor da obra.
Quem quiser adquirir o livro, basta acessar o link a seguir e pagar módicos R$ 25,00. O senado manda pelo correio sem despesa adicional. Vale a pena.
http://www.senado.gov.br/publicacoes/Livraria/asp/publicacao.asp?COD_PUBLICACAO=627&COD_CLASSIFICACAO=1
Coruja-da-Igreja ou Suindara
03:25 Postado por Geremias Pignaton
Fotos: GPignaton ///Clique sobre elas para ampliar.
Fantástica ave. De ocorrência mundial, com exceção dos lugares muito frios. Ganhou seu nome comum por gostar de nidificar em torres de Igrejas. Alimentação muito variada: ratos e pequenos mamíferos, morcegos, insetos e outras aves.
Em cima, o adulto que eu acho ser um macho, embaixo os filhotes dentro do forro de uma casa abandonada na chácara do meu vizinho.
Quando nos aproximamos do ninho, eu e um colega passarinheiro, escutamos um barulho parecido com um vazamento de gás. Se o sujeito for medroso e não sabe de que animal se trata, é arriscado correr.
A cabeça desta ave tem o formato de uma antena parabólica. Isso é para captar os sons. Este bicho ouve muito bem e se guia para apanhar as presas mais pelo som do que pela também excelente visão. Pode apanhar um rato dentro de um capinzal, sem vê-lo.
Depois de ter feito estas fotografias e ter contato mais de perto com ela, fiquei fã desta espécie. O voo dela é magnífico.
Ladrilho Hidráulico e Casas de Madeira
07:33 Postado por Geremias Pignaton
Na foto aí de cima, vemos uma reunião no interior da Igreja de Demétrio Ribeiro.
Posto esta foto para os jovens de Ibiraçu verem o piso de ladrilho hidráulico da Igreja. A igreja de Ibiraçu era assim, com ladrilhos muito parecidos. Aí alguém teve a infeliz ideia de substitui-los por granito.
Nada contra granito, mas o ladrilho era histórico, cultural, nos remetia a um período da nossa existência. Além, é claro, de serem muito mais bonitos.
A nossa memória sempre foi negligenciada em Ibiraçu.
Aproveito a oportunidade e alertar para mais um fato de negligência com a memória.
Quando se anda pelos bairros de Ibiraçu, ainda se pode encontrar várias casas feitas com madeiras. Algumas delas em situação precária. Essas casas são do tempo que a madeira era nossa maior riqueza. Muitas árvores tombaram e estão nas nossas ruas abrigando moradores. Essas casas históricas devem ser preservadas.
Atenção vereadores e prefeita! Vamos tombar as nossas históricas casas de madeira. Elas são parte de nossa identidade.
Flores do Cerrado - Fotos Passarinheiras
04:04 Postado por Geremias Pignaton
No mato, atrás de passarim, também para flores sobra um tempim.
Nem só de aves vive um passarinheiro.
A florzinha de baixo tem um colorido muito interessante. A base da pétala, quase vinho, contrasta com o restante rosa, quase branco.
O cachinho amarelo, na sombra da mata, recebe uma fresta de sol.
Próximas Eleições
03:43 Postado por Geremias Pignaton
Borboletas
08:33 Postado por Geremias Pignaton
Fotos: GPignaton///Clique sobre elas para ampliar
Estando no mato passarinhando, além das aves, encontra-se outras belezas: rios, cascatas, paisagens, flores, borboletas... Com a máquina preparada na mão, não custa clicar. Também não custa compartilhar essas belezuras com os leitores do blog. De quebra, divulgar um pouco deste meu trabalho de fotógrafo amador. Estou aprendendo ainda, sou um fotógrafo sofrível, mas dá para produzir alguma coisa interessante.
O melhor de tudo é estar em contato com a natureza e desestressar.
Estradas Assassinas
06:22 Postado por Geremias Pignaton
Na capa da Tribuna de hoje, a foto do morador de Ibiraçu, Roberto Demuner, protestando contra a violência das estradas federais no Espírito Santo.
Ele perdeu duas esposas em acidentes rodoviários.
A primeira esposa, a Zezé, conheci bem. Ela foi minha aluna e foi fisioterapeuta de Papai. Sempre tratou meu velho com enorme carinho.
O acidente que a vitimou marcou também minha família. Rúbia, esposa de Saulo, meu sobrinho, estava junto com ela no carro. Foi na rodovia BR 259, logo prá lá de João Neiva, as duas iam juntas para a faculdade, quando o carro foi atingido por uma roda que se soltou de um caminhão.
Grande parte dos acidentes nas rodovias são provocados por culpa de motoristas imprudentes, mas uma grande parcela também é provocada pelas péssimas condições das estradas.
Demuner é vítima disso tudo. O seu sofrimento é irreparável.
Leonardo Boff
06:44 Postado por Geremias Pignaton
Sempre me identifiquei muito com as idéias do Teólogo e ex-frei Leonardo Boff.
Ele está muito além das idéias religiosas que ouvimos por aí. Tem a concepção libertadora de Deus.
Não se trata apenas da ideologia esquerdista que tentaram rotulá-lo. Vai muito além disso.
Li hoje um texto dele publicado na Gazeta de Vitória que muito me agradou. No texto ele faz uma distinção entre panteísmo e panenteísmo. O primeiro termo eu conhecia e, salvo engano, foi cunhado por Espinoza há quase 4 séculos. O segundo para mim era novidade.
Leia você também: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/05/noticias/a_gazeta/opiniao/1223100-panteismo-x-panenteismo.html